Conto: O Barulho da Noite

O menino acordou na madrugada escutando um barulho que vinha de sua janela. -Mamãe, mamãe- ele tentou gritar, mas sua voz rouca mal lhe permitira falar E assim que criou coragem foi até a janela, e nada viu. Não satisfeito procurou a lanterna de seu pai mas para isso teve que ir até a garagem da casa e lá ele escutou aquele barulho estranho novamente Eram como passos em cima de seu telhado, mas como era possível que ás 3 horas das manhã alguém estivesse na rua, e em cima de um teclado? Finalmente ele achou a lanterna em um armário e voltou para seu quarto onde poderia espiar pela janela quem haveria de estar rodeando sua casa. Ao chegar no quarto o menino, depois de muito esforço, abre a janela, deixando-a só com um vidro fechado, mas assim era melhor pois poderia olhar sem correr o risco de alguém entrar. O menino ficou olhando para o telhado da garagem mas alí, nada havia, se perguntou se a pessoa ou coisa que estivera em seu telhado havia saído, talvez ido para outra casa. Então se deitou, tentou dormir mas quando estava quase pegando no sono ouviu um novo barulho, dessa vez pareciam passos dentro de casa, mas o menino não teve coragem de ir conferir e alí ficou torcendo para que não fosse nada, para que fosse coisa de sua cabeça. Talvez um sonho, ou melhor, um pesadelo. Lá pelas tantas, após alguns minutos que me pareceram eternidade, finalmente adormeceu. No outro dia quando acordou foi direto olhar pela janela. Não havia nada, nenhuma marca, nenhum rastro, nada. Desceu as escadas que davam a sala da casa e quando foi contar aos seus pais eles estavam lhe esperando-o em volta da árvore de natal, que agora estava cheia de presentes. Ainda em choque o menino começou a descrever o que aconteceu, mas seu pai apenas lhe respondeu -Filho é natal, é claro que era papai noel -Pai você acha que acredito mesmo em papai noel, já não tenho mais idade para isso.- disse o garoto Nesse momento ele olhou pela janela pensando o que haveria de ser. Após alguns segundos passou um vulto preto que caiu como de cima do telhado. Rapidamente o menino tentou decifrar o que era mas agora aquela sombra havia parado e lhe encarava. Alí estava, o motivo de todo o medo, um gato preto que passara a noite trilhando para lá e para cá e lhe assombrando.